Museu Nacional da República recebe Exposição 'Sairé - Celebração, Louvor e Disputa dos Botos'
10/06/2025
(Foto: Reprodução) Exposição faz parte da programação do 4º Fórum Internacional sobre a Amazônia, em Brasília (DF). Registro do Festival dos Botos de 2024 pelas lentes de Alexandre Baena
Divulgação
Começa nesta terça-feira (10), às 19h, a exposição itinerante "Sairé - Celebração, Louvor e Disputa dos Botos", do fotógrafo paraense Alexandre Baena, como parte integrante da programação cultural do 4º Fórum Internacional sobre a Amazônia da Universidade de Brasília/Núcleo de Estudos Amazônicos -NEAz. O evento será na Galeria 3 do Museu Nacional da República. Essa é a segunda vez da mostra em Brasília. A primeira foi em fevereiro deste ano, no Senado Federal.
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O 4º Fórum Internacional da Amazônia, ocorre no período de 10 a 13 de junho de 2025 pela Universidade de Brasília em parceria com organizações e movimentos sociais, e busca contribuir na construção do conhecimento científico e na valorização de saberes; revelar a situação atual da Amazônia frente ao agravamento da crise climática, os efeitos desta crise, a violência e ameaças aos seus povos, populações e ao meio ambiente.
O evento também pretende mostrar as práticas, estudos e políticas públicas que enfrentam a crise climática, visando apresentar alternativas e soluções capazes de proporcionar uma justiça climática, melhorar as condições de vida e trabalho, conservar a natureza e apontar os desafios de uma Amazônia para os povos originários, comunidades tradicionais e para humanidade, considerando a natureza como um sujeito de direito.
“Receber o convite para voltar a Brasília com o Sairé, montando a exposição no Museu da República e participando do Fórum Internacional da Amazônia é algo fantástico! Estamos trazendo para o Fórum a cultura pulsante da Amazônia Paraense, com uma mensagem sobre a importância e o respeito necessário com as tradições, sobre a salvaguarda do planeta e da nossa maior riqueza, que é nossa cultura", relatou Baena.
O paraense destaca que o Sairé é uma festividade secular, composta por uma narrativa que é apresentada nas telas da exposição, além dos símbolos, responsáveis por "um momento de conexão entre o rito religioso, que transcende o que o olho observa e a parte profana, um dos momentos altos da festividade, que é a disputa entre os botos Tucuxi e Cor de Rosa”, disse o fotógrafo e curador da exposição.
Curandeiro, figura emblemática do festival dos botos
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Na exposição Sairé, as telas de Baena destacam os elementos centrais do louvor a Santíssima Trindade em Alter do Chão e em paralelo o lado profano, por meio de uma narrativa amazônica extraordinária.
“O rito religioso tem a presença forte dos povos tradicionais, de ribeirinhos, quilombolas, indígenas Borari, todos com traços bem expressivos que vai da colocação dos mastros, as rezas e seus cantos de louvores, e na disputa dos botos os elementos de indumentária, as cores vibrantes e a presença dos povos tradicionais fica clara em cada cena apresentada em cada uma das telas", observou.
Para o fotógrafo, a mensagem dos povos originários é bem perceptível, desde a necessidade da preservação da casa que habitamos até a coexistência entre a biodiversidade.
Alexandre Baena registrando a procissão do Sairé 2024
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"Tudo deve ter equilíbrio e os povos ancestrais buscam a salvaguarda desse equilíbrio, na narrativa apresentada na exposição, nós fazemos uma reflexão na história do boto, animal que é protegido pelos Encantados, e que é trazido à vida, e aqui se buscando um olhar não literal ao que é apresentado, você tem, claramente, essa forte mensagem de preservação do meio ambiente, do ecossistema e da vida ancestral, num momento principalmente, onde vivemos os preparativos para a COP30, e o mundo se volta para o Brasil”, enfatizou o fotógrafo.
A itinerância tem o patrocínio da Prefeitura de Santarém, mandato do Deputado Federal Henderson Pinto, Governo do Estado do Pará através do Banpará, Secretaria de Cultura, Secretaria de Turismo, com realização MAB Comunicação.
A exposição já passou por Brasília, Paraná, Minas Gerais, Bahia, retorna a Brasília como parte integrante da programação cultural do 4º Fórum Internacional sobre a Amazônia, e posteriormente, segue sua trajetória para o Amazonas, Pará e Santarém para ser montada durante a festividade do Sairé em setembro deste ano.
O fotógrafo
Alexandre Baena é um artista diversificado, publicitário, cineasta e documentarista, atuando no segmento cultural dentro do mercado nacional e internacional. Baena já montou 24 exposições neste processo de itinerância, rodando as cinco regiões brasileiras com suas exposições e sendo recebido em grandes espaços de relevância cultural e turística, como Museus, Palácios, Galerias e Centros Culturais, tendo como base de seu atual trabalho a valorização e divulgação da cultura do Estado do Pará.
Alexandre Baena no Sairé de 2024
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No ano de 2023, realizou o projeto da exposição ‘Esmolação - Imagens da Marujada de Bragança pelo Brasil’, no primeiro semestre de 2024, iniciou o projeto da exposição ‘Juruti - Festival das Tribos’, no final do segundo semestre, começou a exposição “Caminhos para Belém - o amor que flui como água” retratando os devotos e promesseiros do Círio de Nossa Senhora de Nazaré que segue em itinerância nacional junto com o ‘Sairé - Celebração, louvor e disputa dos Botos’, agora em 2025.
Serviço:
Exposição ‘Sairé - Celebração, louvor e disputa dos Botos’
Artista: Alexandre Baena
Técnica: fotografias
Abertura: 10 de junho de 2025
Local: Museu Nacional da República - Galeria 3
Hora: 19h (dezenove horas)
Período: 10 a 29 de junho de 2025
Visitação: 09h às 18h30 (terça a domingo)
Entrada gratuita
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*Colaborou Bernadete Barroso
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